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quarta-feira, 2 de maio de 2012

GRAFITE DE PORTA ENTREVISTA - FLOR DUARTE

Grafite de Porta bate um papo com Flor Duarte

 Secretária de Cultura de Maringá.


Bailarina, coreógrafa, Flor Duarte dirigiu trabalhos no Rio de Janeiro e hoje tem o cargo de Secretária de Cultura da Cidade de Maringá. Grafite de Porta bateu um papo com Flor. Confira!

* Foto do site da Secretaria de Cultura de Maringá

Primeiramente gostaria de agradecer a oportunidade ao blog e por disponibilizar de seu tempo para nos conceder a entrevista.  Tentei fugir um pouco do que sempre é perguntado a senhora, mostrar o graffiti, a escultura e a música independente da cidade.

- O objetivo inicial do blog Grafite de Porta seria retratar imagens de portas de banheiros onde estão escritos as mais diversas frases, palavras, palavrões, telefones etc, mas o projeto tomou outro rumo, não encontrei nenhum blog relacionado ao graffiti maringaense, as formas de intervenção artísticas de Maringá, poesia, esculturas.
Eu não conhecia o número de artistas que existem em Maringá, temos escultores poetas e um graffiti de alto nível. Acredito que falta oportunidade para estas pessoas de expor os seus trabalhos.
Você vê desta forma ou acredita que a divulgação da arte maringaense que já é realizada é suficiente para atender a necessidade da cidade?

Acho que a divulgação sempre pode melhorar. Acho que as pessoas são bombardeadas por publicidade e divulgação e aí, às vezes, nem prestam atenção. Então o blog é muito bem vindo.

- Nosso amigo FOLK YOU enviou esta pergunta.

Flor, gostaria de saber o porquê de não haver investimentos no graffiti da cidade de Maringá?

São muitos os segmentos artísticos. Reconhecemos os graffiti e queremos também fazer um investimento maior nesta área. O melhor caminho são os editais de fomento, que estão muito complicados do ponto de vista jurídico. Se tudo der certo, conseguiremos lançar um novo edital, que acolherá também projetos de graffiti.

- Temos hoje na cidade um dos melhores teatros do Paraná, e muito conceituado no âmbito nacional, o Calil Hadad. Neste mesmo espaço temos um museu de arte, “Museu de História e Arte Heleton Borba Cortes”, lá estão expostas várias peças importantes, dentre elas o piano que pertenceu ao compositor Joubert de Carvalho.  Acredito que a maioria dos maringaenses nem conheçam este museu, temos um acervo de jornais, revistas, VHS, quadros e uma obra de Poty Lazzarotto, a última obra deste artista.
Você como Secretária de Cultura da cidade, não acredita que seria viável a cidade  utilizar este espaço para receber obras de outros artistas, exposições mesmo, como ocorrem no MON em Curitiba? Sinto falta disso em Maringá, ter um lugar para ir no final de semana onde eu possa fotografar e conhecer um pouco mais sobre arte.

Bem, não concordo quando você diz que o museu não é frequentado nem que não temos exposições de arte. Temos sempre exposições de artistas da cidade e de outras localidades, nacionais e internacionais e o público frequenta sim. Já recebemos obras do acervo do MON, do Alfredo Andersen, do acervo Tesouros da Caixa, da BAHIARTE, etc. No momento aguardamos o resultado do Edital Público do Convite ás Artes Visuais.

- Maringá é referencia em muitos aspectos, cidade segura, população acolhedora etc... Estive uma semana em Curitiba, onde visitei vários pontos turísticos, shoppings, colégios, ou apenas bairros. A maior parte dos colégios públicos tem seus muros grafitados e muitas empresas permitem que os grafiteiros usem os muros para divulgar sua arte.
Infelizmente a cidade também é muito pichada. Acredito que Maringá em breve estará se tornando uma Curitiba no sentido da pichação.
Não acredita que seja viável um projeto como os existentes em Curitiba, grafitar os muros de escolas públicas?

Concordo com você que podemos realizar projetos neste sentido.

- Arte e estudantes estão ligadas quase que sempre. O DCE promove Sarau na UEM, temos poesia, arte corporal, troca de livros, música e um bate papo descontraído, sou frequentador assíduo. Nunca vi uma briga, confusão ou discussão, mas infelizmente a polícia e a reitoria são contras a realização de tais eventos.  Flor, não acha interessante liberar o sarau, divulgar, trazer mais pessoas para perto da arte estudantil, da própria UEM?

Estamos tentando viabilizar uma parceria com o DCE, dependemos das questões jurídicas. O Sarau da UEM é realmente muito bom.

- 2012 é ano eleitoral, quais são os projetos para Flor Duarte em 2013?

Surpresa.

- A Flor Duarte também é artista?

Minha profissão primeira é bailarina. Fui também coreógrafa, atriz e diretora teatral no Rio. Depois que vim para Maringá dirigi O Ballet de Maringá e A Companhia Trianon de Teatro. Na verdade, toda a minha vida esteve e está ligada à arte.

- Em entrevista ao “O DIÁRIO” você disse que 2011 foi um ano bom para a cultura em Maringá, se o ano de 2012 terminasse amanhã, qual serial o “balanço” artístico deste ano?

Até agora temos tido sucessos e dificuldades. Ainda bem que estamos no início e espero que os sucessos superem em muito os problemas.

- Quem é a Flor Duarte por detrás da Secretaria de Cultura, seu dia a dia, rotina, hobbys etc...

Sou louca por arte e por animais. Acordo cedo, estudo, leio, brinco com meus cachorros, cuido do gato, converso com o papagaio, ouço música, vou ao teatro, ao cinema,ao museu, cozinho, converso com meu marido... e trabalho muuuuiiiiitooooooo!
Quero agradecer a oportunidade desta conversa e dizer que acredito na arte.
Abraço.
Flor

Agradeço a Flor, por ter concedido o "bate papo" com o blog Grafite de Porta.

Para quem quiser saber mais:

A respeito do Museu de História e Arte Helenton Borba Cortes, me informei na secretaria de Cultura e o horário de funcionamento é das 8h às 17h (Seg a Sexta) com pausa para almoço das 11:30h às 13:30h. Aos Sábados funciona das 14h às 18h e no Domingo POR INCRÍVEL QUE PAREÇA NÃO FUNCIONA. Endereço: Rua Dr. Luiz Teixeira Mendes número 2500, Zona 5 Maringá - Pr. Entrada Franca. Acesso através das entradas do teatro Calil Haddad. Maiores Informações (44) 3901-1823

3 comentários:

Paulo Che disse...

Gostei da entrevista e achei que em alguns pontos como na parte do museu não concordei com o que ela falou, acho que em Maringá falta incentivo pra quem está começando!

Anônimo disse...

A maior parte dos maringaenses ainda não valoriza a arte da forma como deveria, desde que chegou à Maringá a Flor vem incentivando a frequência aos eventos de música, arte e dança. (Convite à dança, à música e ao teatro - projetos)
Se houvesse valorização pelo público, certamente haveria espaço para os novos. Os grupos que a UEM tem também vem aos poucos ganhando espaço.
A cidade ainda é nova, e começa sua caminhada.
Acredito que temos ainda um longo caminho pela frente, o primeiro passo já foi dado, pois Maringá já tem programação cultural, coisa que há 10 anos não tinha.
Quem trabalha com arte sabe que é uma questão cultural a desvalorização deste trabalho no nosso país, infelizmente. Jornada árdua, mas que pode sim ter um ótimo resultado.
Curso de Artes Cênicas na UEM, curso de música - graduação e cursos técnicos que formam excelentes músicos, é um COMEÇO! =]

Anônimo disse...

A maior parte dos maringaenses ainda não valoriza a arte da forma como deveria, desde que chegou à Maringá a Flor vem incentivando a frequência aos eventos de música, arte e dança. (Convite à dança, à música e ao teatro - projetos)
Se houvesse valorização pelo público, certamente haveria espaço para os novos. Os grupos que a UEM tem também vem aos poucos ganhando espaço.
A cidade ainda é nova, e começa sua caminhada.
Acredito que temos ainda um longo caminho pela frente, o primeiro passo já foi dado, pois Maringá já tem programação cultural, coisa que há 10 anos não tinha.
Quem trabalha com arte sabe que é uma questão cultural a desvalorização deste trabalho no nosso país, infelizmente. Jornada árdua, mas que pode sim ter um ótimo resultado.
Curso de Artes Cênicas na UEM, curso de música - graduação e cursos técnicos que formam excelentes músicos, é um COMEÇO! =]

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