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domingo, 13 de maio de 2012

GRAFITE DE PORTA VAI AO MUSEU

MARINGÁ TEM MUSEU!

Para quem não sabe, Maringá tem museu. Isso mesmo, museu, igual aquele que tem em São Paulo, o MASP, o de Curitiba MON e outros do país.
Infelizmente é um tanto impossível comparar o porte do Museu de Arte e História Helenton Borba Cortes, o de Maringá, com outros museus, como o de Curitiba e São Paulo.
Acredito que a grande maioria da população maringaense desconheça a existência deste museu, não me venha falar que ele é visitado, pois não é! Se olharmos pelo livro de visitas, veremos que este ano tivemos menos de 70 visitas, que dá uma média de BEM menos que uma pessoa por dia. Isto, levando em consideração as assinaturas do livro de visitas.
Não devemos esperar muito, não temos nem um site dedicado ao museu, somente uma pequena nota no site do Calil (clique aqui), ah, este site do Calil não é atualizado a muito tempo.
Durante a visita, perguntei ao guarda, única pessoa que fica dentro do teatro Calil Hadad, onde é que estava exposto o piano que havia pertencido ao compositor Joubert de Carvalho, o mesmo foi taxativo, "cara faz muito tempo que este piano não está mais aqui..." Ouvi boatos que de o piano havia sido enviado para afinar, mas não pude confirmar a informação.
A exposição em cartaz, se é que se pode dizer assim, era "NO TEMPO DOS MEUS AVÓS", expostos estavam, máquinas de escrever antigas, panelas, moedores de café, torradores e ferramentas das mais diversas, desde pilão até cerrotes.
Legal isso e tal... mas acredito que não haja um empenho efetivo em divulgar o museu, a começar pela inexistência de um site do museu, o horário de funcionamento (segunda a sexta das 8h as 17h fechando para o almoço, sábados das 8h as 17h e domingo, não abre) domingo seria o dia ideal para visitar o museu e ele não abre. Deveria abrir aos domingos e fechar na segunda feira. E principalmente a falta de informações a respeito.
No que se refere à exposição, tudo que tinha lá eu já conhecia e acredito que se você tiver 20 anos ou mais, irá conhecer também.
O que me chamou atenção, foram também os quadros dos ex prefeitos, dispostos cronologicamente, desde o primeiro até o último. As obras que retratam o José Cláudio e o João Ivo, bem como as primeiras damas, somente no caso do João Ivo, estão sem placas de identificação, tornando impossível saber quem é quem para os visitantes.
Outra falha é que não existe revista nem na entrada e nem na saída... Fiquei a todo momento sem a supervisão de qualquer funcionário, pode-se tirar fotos com flash, o que, com o tempo estraga as cores das obras.

Resumindo, MUITO tem que mudar em relação ao museu da cidade.
Eu primeiramente como maringaense e depois como estudante de história, fico triste em saber que uma cidade como a nossa, com padrões elevados em muitos aspectos apresenta uma cultura tão falha em um sentido que seria MUITO simples de se resolver!
Temos um espaço enorme, no térreo do museu que poderia ser dedicado a mostras de artistas da cidade, desde graffitis em tela, até mesmo artesanato e esculturas, fotografias e shows! Uma mini mostra cultural ou apenas um sarau e não usamos este espaço, acabamos nem sabendo que ele existe.

Acrescento ainda que o acervo histórico de livros, VHS e gravações em K7 fica trancado.

Abaixo, algumas fotos tiradas durante a visita.
*Temo também em Maringá, o MUDI - MUSEU DINÂMICO INTERDISCIPLINAR, para saber mais clique aqui.













































3 comentários:

Rud's disse...

Você precisa ver aquela casinha atrás da reitoria, atrás também do Museu da Hidrobacia do Paraná (se bem me lembro o nome, era esse), ali na Uem, mesmo. São dois pequenos quartinhos fechados. Uma vez, uma senhora que trabalha lá, me mostrou um deles - que por sinal, fica trancado.
Lá dentro, havia até uma espada, segundo ela, da época do império, que pude segurar por um tempo em minhas próprias mãos.
Estão lá, objetos esquecidos, alguns ainda não homologados, empoeirando-se.

Alisson Sano disse...

Realmente bastante triste ver um espaço,que me parece "amplo/organizado",pelas fotografias feitas,como um ponto nulo. Conservando apenas poeira. Mas sabe temos uma universidade,um curso de graduação em história,temos recursos técnicos e humanos para desempenhar bons trabalhos,por que não acontecem? Onde esta o erro? Penso que existe uma fragmentação entre a história da cidade ("exposta" no Museu) e a nossa formação enquanto pessoas e historiadores. Não temos contato com a historicidade da exposição,logo os objetos que cá estão são simplesmente artefatos. Não exploramos tal local para compreender nossa realidade atual. Por exemplo: Criticamos bastante Maringá,por se tratar de uma cidade conservadora.E em partes esta idéia pode ser explicada com uma visita e entendimento/exploração dos objetos expostos no museu. Enfim,creio que esta faltando este link em nossa formação. Acredito também que as movimentações e mostras culturais seriam de grande importância pois chamariam ainda mais o público,garantindo maior visibilidade.

Paulo Che disse...

Como Rud disse tem o Museu da Bacia do Paraná, eu estagiei lá por um tempo, existe grande quantidade de material ainda não tombado lá, porém as pessoas que lá trabalham se empenham muito pelo que pude perceber no tempo em que estive lá, porém assim como o Alisson disse, poderia haver uma ligação total entre o curso de história uem e os museus da cidade, porque isso seria vantajoso pra nós como profissionais da área de história, quanto para os museus e a história propriamente dita. O que você acham de tirarmos isso da crítica e tentarmos colocar em prática isso tudo? Vamos falar com nosso departamento(não que isso seja animante), vamos tentar fazer alguma coisa, alguém se interessa?

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